Search

hello.

jornalista, escritora e viciada em café.
@neilabahia

Plasticomania: uma ameaça ao meio ambiente?

sacos plásticos são responsáveis pelo entupimento de bueiros

neila santos
Não se sabe, ao certo, quando os sacos plásticos começaram a ocupar o lugar das sacolas de papel e das sacolinhas de palha nas feiras, supermercados e lojas. Com distribuição gratuita, os saquinhos de polietileno logo cairam nas graças do consumidor que os ultilizam para diversas coisas, entre elas acondicionar lixo doméstico. Para os lojistas servem como uma forma barata de publicidade, já que neles são impressas as marcas, sites e telefones dos estabelecimentos, passando sua propaganda aos clientes.

Contudo, para o meio ambiente, esses sacos não são nada úteis. Estima-se que no mundo circulam, por ano, entre 500 milhões e um trilhão desse material sem que haja um critério para descarta-los. Para se ter um idéia, em Salvador, é muito comum observar enchetes provocadas pelo lixo jogados na rua que, não raro, é acompanhado por sacos plásticos e vão parar nos bueiros impedindo a passagem da água.
De acordo com André Trigueiro, jornalista especializado em meio ambiente, os sacos plásticos são materiais feitos com polímeros de alta densidade e funcionam como uma espécie de isolante. Sendo assim, dá para imaginar como funcionam esses plásticos na terra ou nos esgotos. Somado isso ao seu alto poder de resistência - um saco plástico leva em média 100 anos para se decompor – é possível perceber que eles são uma ameaça ao meio ambiente e isso está diretamente relacionado ao modo de vida de cada pessoa.

Comparando o brasileiro com consumidores de outros países, como por exemplo da Alemanha (onde estes costumam levar suas sacolas quando vão às compras e quem não a leva tem de desembolsar certa quantia pelos sacos) é possível perceber que o problema é, em grande parte, falta de consciência e educação ambiental.

O fato é que, se cada pessoa que comprar um objeto que caiba perfeitamente em sua bolsa, passe a exigir um saco plástico, em pouco tempo não haverá mais espaço para tanto lixo. Pensando nisso e remodelando a invençao de Alexander Parkes, uma equipe de cientistas da Unicamp desenvolveu um plástico biodegradável que não polui e se desfaz em 45 dias, mas que ainda é relativamente caro.

O “novo plástico” é feito à base de amido de milho e de gelatina, sendo desenvolvido depois de quatro anos de pesquisa. O material, já testado e aprovado em laboratório, pode ser usado como substituto para uma série de produtos descartáveis como, por exemplo, pratos, copos, bandejas, talheres, pastas de documento e vasos de flores.


crédito da imagem

Comentários