Que "o meio é a mensagem", não tenho a menor dúvida. Agora, porque a notícias [de TV] são como são, só descobri ontem. É lógico que há o enquadramento, o recorte da realidade.. mas a edição do fato pra mim foi demais. Não estou para isso. Pôr orações inteiras na boca das pessoas? Isso não é possível. Não poderia ser possível, aliás. Certamente, é por isso que:
[...] O desejo diz: "Eu não queria ter de entrar nessa ordem arriscada do discurso; não queria ter de me haver com o que tem de categórico e decisivo; gostaria que fosse ao meu redor como uma transparência calma, profunda, indefinidamente aberta, em que os outros me respondessem à minha expectativa, e de onde as verdades se elevassem, uma a uma; eu não teria senão de me deixar levar, nela e por ela, como um destroço feliz". E a instituição responde: "Você não tem por que temer começar; estamos todos aí para lhe mostrar que o discurso está na ordem das leis; que a muito tempo se cuida de sua aparição; que lhe foi preparado um lugar que o honra mas o desarma; e que se lhe ocorre ter algum poder, é de nós, só de nós que ele lhe advém" [...]
[Extraído de A ordem do Discurso, de Michel Foucault]
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ResponderExcluirCaramba, LEu! Estou numa curiosidade desgraçada para saber o que você descobriu, na íntegra. Desculpa, não tenho visto TV há dias...
ResponderExcluirFoucault sempre tão lúcido e sincero. Realista. Tenho tomado um nojo tremendo destes jornalistas que acreditam no poder que lhes foi transferido temporariamente, enquanto aceita, parcimônio, políticas editoriais canalhas e estúpidas.
Ah...preciso conversar contigo! Tem até uns versinhos que fiz e gostaria de dedicar-lhe, sem maiores pretensões...hehehe...
Bjo, querida!
Aparece lá em casa[blog]. Tem uma novidade muito interessante.
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ResponderExcluirEu sei que seu coração dói.. levemente. O meu já doeu um dia também. Mas foi num tempo bem distante! Agora,são outros tempos, tempos de ser feliz!
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