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Por Neila, a garota do jornal.
Também quero. Esta frase ecoou nos ouvidos de Leonor por semanas. Mal sabia ela que aquele querer era efêmero. Passageiro como as aves de verão, que só querem se aproveitar da quentura. Legais mesmo são os corvos que vêm com seus bicos sagazes, prontos pra devorar tudo, sem pedir nada em troca. E se vão. E voltam quando sentem vontade. Faça chuva ou sol. Seja inverno ou verão. Mas ela se enchia de esperanças. Toda vez era assim, se alegrava com chuva e com sol. Contudo, quase nada mudava de fato. Mudavam os nomes, mudavam os rostos. Mudavam as táticas. Mas não o fim. E aquilo era o fim para ela. Tentava mudar e não conseguia. Até que chegou o dia que ela não tentou mais. E foi feliz.
Por Neila, a garota do jornal.
em 24/04/2008.
Neilinha, tenho critério analítico suficiente para saber o que é bom ou ruim no mundo das artes. Acredite, este texto, apesar de pequeno, está muito bem escrito. Por ser frequentador do seu blog, me acho no direito de lhe fazer um pedido: Dá prá vc exibir mais o seu lado escritora ? Amei este texto. E estou falando muito sério. Minha praia dentre as artes é o humor, mas também gosto muito de artes plásticas, pop art, cinema, poesia e litératura. Sou um consumidor voráz dessas maravilhas.
ResponderExcluirUm abraço.
Referir-se a si mesmo na terceira pessoa é um sintoma de loucura.
ResponderExcluirRespire fundo, olhe no espelho e diga:
- Parabéns a eu mesma. Sou artista.
Praticamente uma mistura de Clarice Lispector com Cecília Meirelles com Florbela Espanca.
Mas tem a tua doçura.
Este negócio vai ficar bom. Bom demais. O colega acima tem toda a razão. Você tem a emoção.