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hello.

jornalista, escritora e viciada em café.
@neilabahia

O mistério do sem tempo





Não houve um tempo para sermos nós, agora seguimos assim, desgarrados.
Nosso não foi o tempo que muda as estações, amansa os corações, que vira o jogo.

Não foi também o tempo de cólera. Este em que há muitos amantes, esperas, angústias, vazios.

No qual as contagens são infinitas e cada vez se tem menos. Entrega-se menos. 

Numa farsanteza sem fim.

Espera, quem sabe agora. O tempo do cansaço. 

Neste que há cansaço de tudo e que não passa nunca. Correr cansa. Parar cansa.

Não se quer luz, nem escuro. Água nem vinho. Que indecifrável é este tempo!

Não se quer viver, nem morrer. O escavado. Não. Não foi desta vez. E o fim se avizinha para dar lugar a um novo começo. Tente, vamos, ainda hão de existir outros tempos desconhecidos.

Quem sabe um destes será o nosso.

Comentários

  1. Acho estranho um artista ter que usar um metal precioso em sua pintura sendo que a arte em sia nao da muito retorno financeiro. Klint tem seguidores que desenvolvem trabalhos melhores do que ele, sem se dar ao luxo (?) de usar taticas como essa...

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  2. Influência do pai. Os trabalhos de Klimt são perfeitos. 'O beijo' é fantástico. Ai daqueles artistas que fizerem suas obras esperando apenas retorno finaceiro.

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  3. O retorno financeiro pode se dar após um longo prazo. Este prazo pode ser post-mortem do artista. Mas dá. Quase sempre dá.

    Enquanto maior o risco, maior o retorno. O que há de mais arriscado do que tentar viver de arte?

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