Ainda sinto a lâmina fria a me perfurar as entranhas, sedenta de sangue.
Uma faca afiada sorrindo desdentada. Era isso o que me esperava.
Se pudesse imaginar não abriria a porta para aquele que me mataria. Agora, estou sem vida.
Olho para meu corpo perfurado. Tento entender como pude ser tão vulnerável.
Esforço-me para lembrar. Recordo-me que estava em casa, pronta para sair quando ele me ligou, com aquela voz sorrateira, uma voz de assassino.
Quero ir com você, ele disse. Eu o amava e disse sim.
Era feriado e a cidade estava cheia. As ruas escorregadias da chuva pareciam me dizer algo que eu não compreendia.
Aquele seria o último dia que eu passaria ali, agora entendo.
Pisava firme, decidida, estava confiante.
Confiante que ele me amava também e que tudo voltaria a ser como antes.
Ele pediu uma cerveja.
Os assassinos sempre bebem cerveja.
Vestia preto. O cheiro que exalava de sua pele era diferente do que eu estava acostumada, mas eu gostava de sentir.
Passamos numa farmácia e fomos para minha casa.
Tudo parecia bem, continuávamos a beber cerveja e ele me sorria ternamente.
Fazia tempo que ele não ia à minha casa. Tudo está como antes, pensei.
Entramos no meu quarto, mas ele não tirou minha roupa como de costume. Não sorria mais.
Perguntei o que teria mudado, mas fiquei sem reposta.
Ele apenas me olhava e nada dizia. De repente, a faca.
Aquela faca sempre esteve lá.
Como não percebi antes?
Olhava enquanto ele cravava a lâmina, tão fria quanto o seu beijo.
Assinei a minha sentença quando o conheci.
Não poderia mais fugir. Estava morta, agora e para sempre.
E ele me disse adeus.
precisando de desenhos pra os posts fala comigo,,
ResponderExcluirse achar algo na Pig, pode usar!!!
jundass
Texto compreendido. O exagero é típico do escritor.
ResponderExcluirParabéns mais uma vez pela inteligência.
E depois ele te disse oi. Daí vc ressuscitou;
ResponderExcluirPronto, um final feliz.
Nada de morbidez. Isto é coisa dos românticos. Tu és pós-contemporânea.
E depois ele te disse oi. Daí vc ressuscitou;
ResponderExcluirPronto, um final feliz.
Nada de morbidez. Isto é coisa dos românticos. Tu és pós-contemporânea.
olá
ResponderExcluiracho que vc escreve muito bem, mas que pena que está escrevendo pouco
gostaria de ver mais textos seus aqui
linkei teu blog no meu
sinceramente, acho que vc tem forte talento pra literatura
grande abraço
sucesso sempre
Tá vendo!? Ouça o Mendonça!
ResponderExcluirRimô!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiragora que to vendo que mora em salvador, que legal
ResponderExcluirmeu sonho sempre foi fazer jornalismo, mas que pena, n�o deu at� agora...por enquanto fico fazendo de conta....
abra�o